terça-feira, 20 de março de 2012

Violencia.

Onda de assaltos assusta moradores de Acará

Uma moradora do bairro São Judas Tadeu, município do Acará, nordeste paraense, denunciou à redação do DIÁRIO o caos na segurança que o município vem sofrendo. Ela conta que a cidade foi tomada por uma onda de assaltos.

Um destes foi contra a casa de uma mulher que foi arrombada e invadida por assaltantes na madrugada da última sexta-feira, dia 3, por volta das 3h30. Os bandidos levaram vários aparelhos eletrônicos, como televisão de 29 polegadas, um aparelho de DVD e outros objetos pessoais.

A mulher estava dormindo com seus dois filhos e nada percebeu, apenas quando acordou, durante amanhã, que viu a porta da sala aberta. “Quase todo dia tem assalto no Acará. Há muitas bocas de fumo por aqui e ninguém faz nada ou toma providências. Aqui está um verdadeiro inferno”, diz a mulher que, por motivos óbvios, não terá sua identidade revelada.

Para combater a criminalidade no município, policiais militares de Castanhal são acionados para caçar os criminosos, como foi o caso deste arrombamento. Segundo a fonte do DIÁRIO, os policiais militares de Castanhal só chegaram ao Acará na manhã da última segunda-feira, dia 7, e rapidamente conseguiram recuperar a TV e o DVD, que estavam em poder de um homem identificado apenas como Edilson. “A polícia daqui não faz nada”, ressaltou a mulher.

Em entrevista ao DIÁRIO, o delegado José Corrêa, da Delegacia do Acará, afirmou que há muitos assaltos na cidade e que aos poucos os assaltantes vão sendo tirados de circulação. Segundo Corrêa, a delegacia está interditada pela Justiça desde o ano passado, devido a várias fugas, e a sua estrutura ainda não foi recuperada.

“Enviamos nossos presos provisórios para Moju, onde a delegacia é nova, ou para Concórdia do Pará”, diz.

Corrêa conta ainda que há constantemente falta de energia elétrica na cidade e é quando os assaltantes aproveitam para praticar os crimes. No momento da entrevista, na noite de quinta-feira passada, a cidade estava sem luz. “Temos um efetivo pequeno e, na medida do possível, a gente vai colocando ordem na casa”, ressaltou.

Sobre o caso da casa arrombada, o delegado Corrêa afirma que solicitou apoio de policiais militares de Castanhal. “Não foi flagrante devido ter passado o prazo legal. Já foi feito todo o procedimento, o material recuperado e entregue para ela”, disse, se referindo à vítima que teve a casa assaltada.

O acusado, Edilson, não foi preso. Foi aberto um inquérito e, logo em seguida, ele foi liberado. Corrêa relata ainda que a Polícia Civil da cidade conta apenas com uma viatura, uma picape Frontier nova, e apenas quatro policiais. “O material humano é muito pequeno para a extensão do município. É humanamente impossível trabalhar por aqui. Aqui, policiais militares andam a pé. Não sei como ainda não arrumaram uma viatura para eles”, informou. (Diário do Pará)

Nenhum comentário:

Postar um comentário